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Cemitério dos Livros Esquecidos

josiele.alves.silva@hotmail.com

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. 
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. 
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
( Willian Shakespeare
 - Sonho de uma Noite de Verão)

Carlos Ruiz Zafón criou um Cemitério de livros esquecidos, procurando em tal lugar encontrei um livro não esquecido, mas muitas vezes deixado de lado, não como seu autor genial Willian Shakespeare, Sonho de Uma Noite de Verão. É um romance belo vivenciado por quatro jovens apaixonados. Recomendo a leitura, mesmo que tal seja complicada, mas não seria Willian Shakespeare se não fosse complicada, ou simplesmente poetizada.

 

"A galinha de selindo-feira é bela e lustrosa,

A galinha de lança-feira na batalha é corajosa

A galinha de farta-feira é rica e feliz

A galinha de quintal-feira é pobre e triste, como condiz,

A galinha do cesto-feira tem asas muito fortes,

A galinha de salgado põe ovos de grande porte

Mas a galinha que aparece no domingo

É corajosa e nobre, boa e verdadeira"

 

Emily Rodda - O Mago Para Rondo

Este pode ser um simples trecho tosco e infantil, mas para aqueles que leram a obra literária de Emily o que há por trás de tal trecho é conhecido. Ótima leitura para todos, mas em especial para aqueles que procuram um mundo que se esconde por de trás de uma simples caixa, um mundo inteiro de mistérios e aventuras.

 

“Cedo ou tarde, o oceano do tempo nos devolve as lembranças que enterramos nele.”

(Carlos Ruiz Zafón – Marina)

           

Assim como tudo que há e bom nele. Mais do que com qualquer outro autor é com esse que concordo, suas obras literárias são as melhores já lidas por mim, por outras pessoas também, posso garantir.

                O primeiro livro desse excelente autor que li foi a Sombra do Vento, uma obra literária muito boa, assim como todas as outras, nas primeiras 5 páginas da história já se torna quase impossível largar o livro antes do fim e mesmo quando acaba fica-se triste, com gostinho de quero mais.

                Em comparado a vários livros que já li, e foram muitos, arrisco dizer que desde a resenha à crítica os seus livros tem alta qualidade, que estão entre os melhores.

                Um bom escritor que escreve bons livros, espero que eu seja uma boa leitora para tais livros, que os compreenda como devem, que eu fale deles com paixão e que eu os leia com a mesma vontade de quem os escreveu.

 

 

 

 

"As vezes o universo quer ser notado. 'É nisso que eu acredito. Acredito que o universo que ser notado. Acho que o universo é, questionavelmente, tendencioso para a conciência, que premia em parte porque gosta que sua elegância seja observada. E quem sou eu, vivendo no meio da história, para dizer ao universo que ele, ou a minha observação dele, é temporária'."(John Green - A Culpa é das Estrelas)(Esse livro não é esquecido, mas não custa previnir que daqui a um tempo eu o encontre solitário em uma biblioteca, com as páginas nunca tocadas)

 

 

 

 

 

Se tem um livro que hoje me torno responsável é o Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, trata – se da história de um homem que aprendera a pilotar aviões após ser desencorajado de sua carreira de pintor, um dia seu avião quebra a milhas e milhas de qualquer lugar habitado. Com pouca comida e bebida resolve consertar o avião ele mesmo.

Sozinho ele adormece na areia, para sua surpresa acorda com um homenzinho lhe pedindo para desenhar um carneiro. Em meio a perguntas que este homenzinho faz ao piloto o piloto reconhece que acabará de conhecer o Pequeno Príncipe.

Apesar de ser um dos livros mais indicados ao infanto-juvenil e estar presente entre os mais vendidos da revista Época a 415 semanas esse livro tem sido deixado de lado. A cada vez que o leio encontro nele um significado diferente, Antoine Saint-Exupéry sabe como lidar com palavras e muito mais sabe sobre encantar os leitores de seu livro. Espero que o criador deste cemitério não se importe com outros livros em sua biblioteca magnífica, assim como ele.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

 

 

 

 

 

   Por mais renomado e prestigiado que Érico Verissímo seja, hoje poucas são as pessoas que leem seus livros, o Tempo e o Vento, a maior e mais renomada coleção de sua vida a pouco foi lançada como filme, mas que deixou muito a desejar.

    Muito do que acontece no livro não foi posto no filme, é por isso que defendo a leitura, nada substitui o que se lê. O autor, por meio das palavras, expressou seu conhecimento e sabedoria que hoje veem me alegrando e ocupando minhas horas vagas. É por meio da leitura de tal livro que conheço o passado do meu estado e a cultura que hoje ainda é vivenciada pelos tradicionalistas.

    Não são só autores estrangeiros que possuem o meu apresso, admiro muitos autores brasileiros, mais do que estrangeiros, o Brasil, a menos tempo povoado e ainda em desenvolvimento tem poucos escritores de renome, mas aqueles que possuem uma boa escrita são magníficos, os lerei com orgulho de poder saber o que um dia escreveram.

    Tenho o orgulho, também, de poder ler um dos primeiros livros publicados, ainda ditalografados, com capa dura, folhas grossas e, quem sabe, até um pouco do toque de Érico.

    Muito me ensina Érico Verissímo, até mesmo como é bom simplesmente ler os livros escritos por ele.


 

Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.”

Érico Veríssimo

 

 

 

 

 

A pouco tempo terminei de ler O Jogo do Anjo (Carlos Ruiz Zafón) e em mim é como se David tivesse deixado sua marca, talvez até um pouco do seu jeito de escrever. Cada personagem do livro não se torna mais personagem, de tão encantador o livro acabam por se tornar pessoas. Tenho, em minha imaginação fértil, que Cristina e David estão vivendo feliz em algum lugar, seja aonde for, talvez só em minha mente e na alma daqueles que leram o livro.

Acredito nas ideias de Sempere pai, que a alma vive enquanto alguém lembre-se dela. Nesse Cemitério, talvez nunca visitado por ninguém a não ser eu mesma, coloco minha alma junto a muitos escritores e leitores. Posso dizer que serei esquecida depois de morrer, assim como muitos outros, mas faço o possível para enquanto estiver viva não esquecer de ninguém, até mesmo personagens de livros, e luto para um dia ser lembrada com carinho por aqueles que me conhecem. Sou jovem e tenho muito tempo de vida, nestes anos continuarei a ler e escrever sobre o que leio, isto poderá ser a minha paixão, mesmo que eu ainda não saiba. Elogio e agradeço sinceramente os autores que escrevem livros e possuem coragem de dizer o que sentem em palavras grifadas no papel, mesmo sabendo que nunca chegarão a ver isto. Obrigada Carlos Ruiz Zafón, Jonh Green, William Shakespeare, Antoine de Saint-Exupéry, Jhon Boyne, Mário Quintana e tantos outro que tem me encantado.

“Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.” 
―Carlos Ruiz Zafón